segunda-feira, maio 06, 2024

Desde que fugi não encontro o caminho de volta

     Águas contínuas em um estado que começa com Rio e show da Madonna em outro estado que começa com Rio. Moro em um estado que começa com São e desde a última semana estou num estado, desta vez emocional e fisicamente falando, letárgico.


    Por causa do feriado quarta, os professores dos outros dias deixaram todas as aulas da semana de maneira online, então passei a semana do dia do trabalho na casa dos meus pais. Com a desculpa de ver minha mãe com suspeita de dengue e a conveniência das aulas não-presenciais, fui pra cidade que nasci com intenção de fugir.
    Não fiz nenhuma atividade e não adiantei nenhum trabalho da faculdade, não assisti nenhuma aula assíncrona que os professores prepararam e nem compareci ao atendimento online que teve quinta com o professor de Projeto III. Não vi meu amigo ou encontrei alguém, além dos meus pais, na minha cidade. Ignorei meu novo amigo virtual e não joguei com ele e nem o respondi.
    Fui embora da casa dos meus pais sexta a noite, mais cedo do que eu poderia, porque sábado tinha uma festa pra ir, mas não acho que valeu a pena.
    Pela segunda ou terceira vez nesse ano, travei fisicamente e mentalmente durante a festa. Eu estava bem animada no começo porque é a primeira festa sem ser organizada pelo pessoal do meu curso que iria, então me arrumei e me achei linda. Apesar de previamente tudo estar dando certo-ok-legal, na festa travei e não consegui ficar confortável ou feliz ou qualquer outro adjetivo positivo, em 1h30 lá já queria urgentemente ir embora. 
    Fui embora mais cedo que meus amigos, cheguei em casa e tomei banho e arrumei minhas coisas e fiquei no computador chorando com a situação do Rio Grande do Sul enquanto meus amigos não chegavam.

    É segunda agora, eu deveria desde que acordei estar fazendo mais do trabalho super extenso de Marketing II pra entregar semana que vem, mas estou escrevendo aqui. É mais fácil e rápido escrever quando não preciso pesquisar em fontes confiáveis, quando não preciso escrever de maneira acadêmica e quando não preciso justificar o que escrevo. Em um post como esse aqui, a gente só consulta nossas memórias, percepções e sentimentos, meu banco de dados é meu cérebro, falível.
    Estar escrevendo agora é uma forma de procrastinar e fugir também. um pouco mais Preciso decidir agora se vou faltar pela segunda semana seguida da aula de violão e se vou ou não na aula de hoje da faculdade.
    Sinceramente, queria me dar um bonk na minha cabeça que não fosse um tiro.


    Esse é um dos posts-motivo exemplar do porquê não compartilho o blog com minha família. E se alguém tá lendo isso, não se preocupe, porque apesar dos pesares, estou apaticamente bem.
    Tenho impressão que não sei usar vírgulas direito


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